sábado, 5 de janeiro de 2013

DIVAGAÇÕES SOBRE O SEXO



Eu estou prestes a morrer e faz já um bom tempo que só penso em sexo.

Sexo é uma coisa boa e uma coisa ruim ao mesmo tempo. Boa porque não consigo pensar em nada melhor que exista. Ruim porque acaba controlando nossas vidas em um nível que nem sequer temos noção.

Sexo é um instinto primário... Primitivo. Sentimos atração por uma garota pela sua forma física, não importa se ela é inteligente, legal, simpática e engraçada. As qualidades reais da pessoa vêm depois. Podemos conhecer uma gostosona e depois descobrir que ela é chata, paciência, damos um fora e tudo bem. O que eu quero dizer é que a atração física, sexual, vem em primeiro lugar sem que percebamos.

Instintos animais de procriação, quase uma coisa nazista, horrível, mas que infelizmente existe e fingimos que não percebemos. Ninguém olha pra uma garota feia e pensa “Ela deve ser legal!”.

Mas o que é uma garota feia?

Existe?

O que é bonito pra um pode ser feio pra outro.

Essas modelos magrelas que irradiam a bulimia como o Sol irradia a luz... Pelo amor de Deus! Isto não me chama a atenção.

Top model número um do mundo! Foda-se! Eu não chegaria nela em um bar nem hoje, nem nunca!

Ser feio é relativo.

Eu posso ser feio pra uma pessoa e lindo para outra.

Uma vez o meu barbeiro me disse uma frase que é a mais pura verdade:

“Não importa o quão feio você seja, vai ter sempre uma mulher bonita que te acha lindo!”

Eu acho que é verdade, porque a bonita pra mim é relativa como é pra você.

Pra você?

Com quem diabos estou conversando dentro da minha cabeça?

O que quis dizer quando disse “pra você”?

Estes são só meus pensamentos, ninguém está ouvindo, eles vão sumir como vapor quando eu morrer.

Só queria transar uma última vez.

Sentir aquela explosão de sentimentos que não conseguimos explicar.

Sexo.

Não ligo de ser um animal irracional quando o assunto é sexo. Não ligo em ceder a instintos mundanos. Sou um bicho, um animal como qualquer ser humano na Terra.

Eles podiam ter feito esta roupa com um pouco mais de mobilidade.

Eu realmente queria muito fazer sexo uma última vez.

Gustavo Campello

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